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quinta-feira, abril 18, 2024

Arqueologia misteriosa

Aquenáton

8 de abril de 2018

Aquenáton

Entre muitos estudos sobre Aquenáton, o enfrentamento do desconhecido nos leva a diversas interpretações das pistas que a história nos deixou sobre tão diferente figura. São tão desafiadoras as perguntas que ha quem o tenha como uma prova histórica, não apenas do contato da civilização egipcia com alienígenas, sendo o próprio Aquenáton um ser híbrido de extraterrestres e humanos, como também que, nada disso tendo sentido, séria o rei portador de uma doença hoje bastante conhecida: A síndrome de Marfan.

Por BBC

15/07/2017 15h32  Atualizado há 19 horas

Desde o início de seu reinado, o faraó Aquenáton e sua mulher Nefertiti decidiram desafiar todo o sistema religioso do Antigo Egito. Dispostos a sacudir as bases de sua sociedade, eles criaram ideias que levariam o império à beira do abismo.

O casal começou a reinar durante os anos dourados da civilização egípcia, por volta de 1.353 a. C., quando o império era o mais rico e poderoso do mundo —as colheitas eram abundantes, a população, bem alimentada, os templos e palácios reais estavam cheios de tesouros e o exército obtia inúmeras vitórias contra todos os inimigos. Todos acreditavam que o sucesso vinha por conseguirem manter os deuses felizes.

Foi então que Aquenáton chegou ao trono com o ímpeto de modificar uma religião de 1,5 mil anos de idade.

Somente o sol

A ideia era revolucionária: pela primeira vez na história, um faraó queria substituir o panteão de deuses egípcios por uma única divindade — o deus Sol, ou Atón, o criador de todos.

A proposta era considerada uma heresia. Mas como o faraó era considerado um deus na terra, tinha poderes ilimitados para modificar o que quisesse. Ele decretou que os 2 mil deuses que eram adorados no Egito havia mais de um milênio estavam extintos. Suas aparências humanas e animalescas foram substituídas pela forma abstrata do Sol e de seus raios.

Para os poderosos sacerdores tradicionais, que haviam dedicado suas vidas inteiras aos deuses antigos, a mudança de doutrina era uma catástrofe. Eles praticamente haviam governado o Egito, agora eram dispensáveis — e formavam um grupo perigoso de inimigos para Aquenáton.

No quinto ano de seu reinado, o faraó decidiu que deixaria a cidade de Tebas e se instalaria ao norte do rio Nilo.

Gravuras que retratam a vida íntima da família real eram uma novidade (Foto: BBC)

Rumo ao futuro

Àquela altura, era evidente que Aquenáton queria romper com o passado. Ele deu a Nefertiti igualdade de poderes e o título de Grande Esposa Real. Juntos eles viajam 320 quilômetros e mandaram construir uma cidade no local onde hoje fica o município de Amarna.

Sobre uma rocha que ainda existe nas colinas da região, está escrita uma proclamação pública composta por Aquenáton que explica o motivo que o levou a escolher precisamente aquele lugar. Ele teria sido comandado pelo próprio deus Sol, que o mandava edificar ali.

A comunicação teria sido feita por meio de um sinal: a região é cercada de colinas, e em certas épocas do ano o Sol se põe entre elas, criando a forma do hieróglifo do horizonte. Aquenáton interpretou isso como um sinal.

Sol se pondo entre colinas e formando o símbolo do horizonte (Foto: BBC)

Horizonte de Atón

Millhares de pessoas de Tebas foram trazidas para construir, decorar e administrar a nova capital, que chegou a ter população de 50 mil pessoas.

A cidade tinha poços, árvores e jardins florescendo no meio do deserto. Casas, palácios e templos ao deus único foram criados em tempo recorde.

O local foi batizado de Ajetatón —horizonte de Aton— e se tornou o novo coração político e religioso do império, e o centro de um novo culto.

Não só a capital e a religião mudaram. A revolução iniciada pelo casal real trouxe outras novidades: nos costumes.

Gravuras cheias de detalhes encontradas em Amarna mostram momentos íntimos da vida da família real, como Aquenáton e Nefertiti abraçando suas filhas. Até então, nenhuma família real egípcia havia sito retratada em demonstrações de carinho.

São obras espontâneas e cheias de vida se comparadas com a arte egípcia anterior, que tende a ser mais estática e monumental.

As estátuas do faraó que ainda existem possuem as mesmas qualidades. A sua postura, de pé, com os braços cruzados sustentando insígnias reais, é comum. Mas sua fisionomia é completamente diferente da dos soberanos que vieram antes e depois, que costumam ter semblantes fortes e viris.

Aquenáton, ao contrário, tem um rosto comprido, com um nariz grande que aponta para sua barba. Seus inusitados lábios carnudos, seus quadris largos e sua barriga um pouco proeminente remetem a uma sensualidade feminina.

Oração ao ar livre

A arquitetura do período também demonstra um desejo de romper com o passado. Os templos tradicionalmente fechados se afunilavam, com o piso levemente levantado e o teto caído, e pouquíssima entrada de luz.

O culto ao Sol trouxe santuários ao ar livre, algo que nunca havia sido feito em grande escala.

Em certo momento, os únicos fiéis autorizados a entrar nos templos eram o faraó e sua mulher. A partir de textos encontrados nos dias de hoje, os estudiosos teorizam que Aquenáton e Nefertiti passaram a acreditar que somente eles podiam se comunicar com Aton. O faraó seria filho de Deus e Nefertiti também seria divina – os súditos deveriam adorá-los.

Foi o ápice de sua revolução religiosa.

Queda

No entanto, as coisas começaram a desandar. Os súditos não haviam de fato abandonado a adoração aos outros deuses, então Aquenáton ordenou que todas as imagens dos deuses antigos fossem destruídas, especialmente as do deus maior do panteão, Amon-Rá.

Também mandou seus soldados apagarem a memória de todos os deuses em suas terras. No fim de seu reinado, sua revolução se enfraqueceu – como ele se recusava a sair da nova cidade, era visto como fraco e o império como vunerável a invasões.

Tábuas de argila encontradas em Amarna revelam a natureza do problema enfrentado pelo faraó (Foto: BBC)

Tábuas de argila encontradas em Amarna mostram o estado em que se encontrava o império. Uma delas foi enviada pelo governante de um dos países vizinhos protegidos pelo faraó. Ele pedia que o Egito enviasse tropas para ajudá-lo a manter os hititas, inimigos do império, sob controle.

“Já pedi, mas não fui respondido. Não me enviaram a ajuda de que preciso”, se queixava o governante. Aquenáton nunca enviou tropas e o Estado vizinho caiu nas mãos dos hititas — o exército estava tão ocupado em missões de perseguição religiosa que o Egito perdeu territórios, poder, posses e status no continente.

Muitas tragédias

Nas paredes do túmulo de Aquenáton está gravado o drama da família.

Apesar de estar muito danificada, é possível ver uma cena de luto. Umas das princesas morreu e seus pais aparecem chorando – algo sem precedentes, já que as famílias reais jamais demonstravam emoções em público.

Outras evidências indicam que Aquenáton perdeu mais de uma filha, provavelmente por causa da peste, que arrasava a região na época.

Epidemias do tipo podiam matar até 40% da população, e, como era faraó, Aquenáton era considerado pessoalmente responsável pela desgraça. Para os súditos, a catástrofe era resultado de uma ofensa feita aos antigos deuses.

No pico da crise, a rainha Nefertiti morreu e o soberano perdeu a mulher que o havia acompanhado desde o princípio.

Paraíso perdido

O paraíso de Aquenáton estava à beira do colapso. O Egito estava perdendo sua riqueza e poder.

Treze anos depois da fundação de sua cidade, Aquenáton morrreu. Há quem acredite que ele tenha sido assassinado para que seu reinado terminasse.

A cidade foi abandonada e, mais tarde, sistematicamente destruída e apagada dos registros. Também foram esquecidos o culto à Atón e o próprio Aquenáton, que durante muito tempo só foi lembrado por ser, segundo indicam os registros, o pai do grande Tutancâmon, seu sucessor.

Foi Tutancâmon quem resgatou os antigos deuses e restaurou o poder e a prosperidade do Egito. Os sacerdotes voltaram a ter seu antigo poder, e a vida voltou à normalidade.

Nenhum outro faraó egípcio voltou a tentar mudar a ordem estabelecida e desafiar a religião tradicional. Os que vieram após Aquenáton se esforçaram por destruir todos os registros de seu culto herege.

Suas estátuas foram derrubadas e as pedras dos templos usadas como material para a construção de novos prédios. As rochas esculpidas foram escondidas que ninguém voltasse a vê-las.

Isso acabou preservando-as para a posteridade: na década de 1920, elas começaram a reaparecer. Muito do que sabemos de Aquenáton e do culto a Atón vem delas.

globo.com

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Além dessa reportagem da BBC, o blog Fato e Farsa publicou o interessante estudo abaixo:

Akhenaton: o faraó alienígena. Fato ou farsa?!

 

Hoje vamos falar um pouco sobre um personagem controverso da História Antiga, mas que tem deixado cada vez mais a história do tempo presente controversa e cheia de perguntas e questionamentos sem resposta, demandando cada vez mais pesquisas. Akhenaton, conhecido como “faraó louco”, ou “faraó alien”, ou “faraó extraterrestre”, já foi tema de muitos programas sensacionalistas e é um dos personagens principais da teoria dos deuses astronautas.

Akhenaton, cujo nome de nascimento era Amen-hotep IV (ou Amenóphis, em grego) foi um faraó egípcio da 18ª Dinastia, governando por dezesseis anos, entre 1352 e 1336 antes de Cristo. Foi muito importante para a história do Egito, pois durante seu reinado tentou realizar diversas mudanças na cultura local, envolvendo sociedade, política, trabalho, religião etc.

Akhenaton mudou a capital do Antigo Egito de Tebas para uma nova cidade que mandou erguer à qual colocou o mesmo nome que o seu. Alguns egiptólogos afirmam que a cidade não se chamava Akhenaton, mas Amarna; acabou ganhando esse erro porque muitos a chamavam de “cidade de Akhenaton”.

Porém a mudança mais marcante realizada por este faraó foi na parte religiosa, quando destituiu o culto ao deus Amon e privilegiou o culto ao deus Aton, assim também tentando empregar uma cultura religiosa monoteísta. Isso acabou sendo um duro golpe na cultura daquela época, pois fica muito difícil para uma sociedade conceber, do nada, uma nova religião com preceitos variados e totalmente diferentes daqueles já praticados.

Akhenaton também mudou a arte egípcia. O seu reinado assistiu à emergência da chamada “arte amarniana” (foto abaixo), que se caracteriza por um lado pelo naturalismo (abundância de plantas, flores e pássaros) e pela convivência familiar do faraó e por outro lado, por uma representação mais realista das personagens (até então os faraós eram sempre representados como figuras esbeltas e de ombros largos, verdadeiras divindades entre os humanos, mas na arte amarniana o faraó era representado com formas mais realistas), por vezes as representações atingiam o ponto da caricatura. A arte oficial apresenta o rei com uma fisionomia andrógina, com um crânio alongado, lábios grossos, ancas largas e ventre proeminente.

Akhenaton declarou-se o seu único sacerdote e profeta, escrevendo um hino no qual proclamava a grandeza do Sol como criador de todas as coisas, e a igualdade entre todos os homens. A semelhança desse hino com o Salmo 104, do Antigo Testamento, faz pensar que ambas as religiões compartilharam as suas ideias sobre o monoteísmo em um momento de sincretismo. O Hino de Aton pode ser encontrado na internet, bem como o Salmo 104 – para quem não tem uma Bíblia em casa.

A história do crânio alongado do faraó e sua ligação alien…
O reinado de Akhenaton foi curto, mas muito importante e envolto de muitos mistérios, talvez pelo excesso de mudanças na cultura egípcia que ele impôs. Assim como em diversas culturas antigas, na cultura egípcia também foram encontrados crânios deformados e/ou alongados. Akhenaton, por exemplo, teria a cabeça estranhamente alongada – pelo menos é assim que ele sempre é retratado nas artes estatuárias, além de sua aparência longilínea, esbelta, parecendo com um “grey”.

Os antigos faraós diziam proceder da linhagem direta dos deuses, e essa seria uma das evidências físicas dessa descendência divina, no caso de Akhenaton. Da mesma forma que Akhenaton, sua esposa Nefertiti tinha um crânio estranhamente alongado, fruto de sua herança genética.

O faraó possuía outras características físicas estranhas, tinha um corpo afeminado. Ele é considerado um ser andrógino por aqueles que defendem a teoria de que Akhenaton seria um descendente direto dos deuses, ou melhor dizendo, dos deuses astronautas. Segundo os teóricos dos deuses astronautas, os cientistas não puderam explicar exatamente o fato de o faraó ter essas características, então tentam encaixar Akhenaton numa síndrome chamada “Marfan”. Esta síndrome tem por características o alargamento das feições e do crânio, características femininas e uma clara infertilidade. Entretanto, sabe-se que o faraó teve diversos filhos (inclusive Tutankhamon), portanto essa seria a lacuna para a teoria da síndrome de Marfan (fotos abaixo), que não encaixa na teoria dos cientistas.

Continuando a investigação…
Uma das maiores controversas teológicas envolvendo a figura deste faraó diz respeito à própria história. Akhenaton teria sido o primeiro governante a implantar um credo religioso em um único deus (monoteísmo), antes mesmo de o Judaísmo nascer das sombras das religiões mesopotâmicas proclamando-se a primeira religião a cultuar um Deus uno. A reforma religiosa de Akhenaton mudou muitos aspectos do espaço, do tempo e da sociedade do Antigo Egito ao falar que somente o Sol era o deus de todo mundo – alguns séculos antes de Moisés, Abraão e todos os patriarcas do monoteísmo judaico.

De acordo com os historiadores e egiptólogos, o faraó ao propor o monoteísmo estaria interessado nas riquezas do clero dedicado a Amon, por isso mudou a estrutura religiosa e adquiriu para si essas extensas posses. Os teóricos dos deuses astronautas não pensam da mesma forma. Para eles as mudanças religiosas propostas pelo faraó estavam motivadas numa possível origem extraterrestre de Akhenaton.

O fato de ele mudar toda a estrutura religiosa e comprar uma grande briga com o poderoso clero gerou revolta desse setor da sociedade egípcia. Mesmo o faraó precisaria do apoio desses nobres, então por que comprar essa briga? Que benefícios essa mudança traria? Os teóricos dos antigos deuses acreditam que não haveria benefícios para o faraó nessa briga comprada por Akhenaton. Assim, ele fez isso por de fato ser um ser de outro mundo, e tal ato seria importante para ele espalhar a sua mensagem.

Já os céticos têm uma posição contrária sobre essa querela entre grupos religiosos e o faraó no caso da mudança de credo. Quando Akhenaton instituiu o monoteísmo e se proclamou descendente direto do deus Aton, ele deu a si mesmo o status de único sacerdote, status esse que acompanharia sua prole, afinal eles também seriam descendentes diretos de Aton. Sendo o único sacerdote, Akhenaton teria todos os poderes do Estado. Essa é uma vantagem significativa para se comprar uma briga com a nobreza religiosa.

Mesmo com tantas provas controversas e tantas análises de historiadores, arqueólogos, ufólogos, paleontólogos, egiptólogos, céticos em geral e crédulos em geral, as figuras de Akhenaton e da sua esposa Nefertiti sempre estarão escondidas sob uma densa bruma de mistério em que não saberemos dizer ao certo quem era aquele faraó tão radical a ponto de mudar toda uma cultura e toda uma religião, com um corpo estranho e aparência andrógina.

 

Postado por Orlando Castor às 00:01

Além desses interessantes textos, você, caro visitante, pode assistir em nosso canal do YOU TUBE um interesante documentário sobre o rei Aquenáton.

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