Close

quinta-feira, abril 18, 2024

Ufologia

Operação Prato – Parte 2

8 de abril de 2018

Operação Prato – Parte 2

Nosso estudo da Operação Prato continua...

Onde podemos encontrar mais documentos oficiais liberados pelos órgãos federais?
Em 5 de maio de 2008, foi encaminhado ao Ministério da Defesa ofício do Subchefe para Assuntos Jurídicos da Casa Civil da Presidência da República, recomendando providências para acesso público à documentação referente a OVNIs, conforme solicitação da CBU, que fosse passível de desclassificação de seu grau de sigilo ou material não sigiloso ou que tivesse sido vencido seu prazo de sigilo, e posterior envio ao Arquivo Nacional.[30] Em 23 de abril de 2009, o Centro de Documentação da Aeronáutica – CENDOC, enviou ao Arquivo Nacional no Distrito Federal os primeiros documentos sobre a operação militar no Pará. Os documentos recebidos pelo Arquivo Nacional são organizados em fundos, um deles passou a ser o Fundo BR DFANBSB ARX – objeto voador não identificado (ovni). Ele está associado ao órgão FAB-CENDOC. Ainda em 2009, o GSI, liberou dezenas de páginas de documentos do antigo SNI sobre a operação no Pará. Entre eles um informe da Agência de Belém para a Agência Central do SNI em Brasília sobre a Operação Prato. Uma observação importante: os arquivos GSI/SNI não estão na base de dados do Sistema de Informações do Arquivo Nacional – SIAN, portanto, não podem ser acessados eletronicamente como os demais documentos. Eles não pertencem ao fundo OVNI/FAB-CENDOC. Eles são atrelados ao SNI e a ditadura, que é um outro fundo ainda não disponível no SIAN. No entanto, os arquivos do GSI/SNI podem ser acessados no site de Fernando Rodrigues no UOL.

O lote GSI/SNI continha várias páginas iguais ou semelhantes àquelas existentes nos relatórios vazados, confirmando a autenticidade de muitas delas. O principal documento liberado pelas autoridades chama-se Registros de Observações de OVNI, uma coletânea de 130 registros, emitido pelo I COMAR e enviado ao Estado Maior da Aeronáutica em fevereiro de 1979. Um cruzamento desses registros oficiais com existentes em documento vazado, denominado Resumo Sintético Cronológico, onde estão relacionadas 284 observações militares e relatos de civis, permite obter 99,2% de comparações positivas entre os documentos nas datas e horários, com descrições entre idênticas e muito semelhantes, com apenas um registro em cento e trinta sem seu par correspondente. Outro cruzamento, desta vez de um subconjunto de 122 observações militares de 1977 do vazado Resumo Sintético Cronológico com seus pares registrados nos relatórios de missão vazados, obtêm-se uma correspondência 94,2% de comparações positivas.

Em outubro de 2007, o filho do sargento Flávio Costa, Fernando, declarou que foi responsável pela manipulação e ampliação de pontos luminosos em filmes fotográficos da operação de modo a parecerem discos voadores, durante o processo de revelação no laboratório fotográfico improvisado na residência de seu pai, na Vila Militar.

Estrutura Documental da Operação Prato.

Conjunto de observações e relatos

A coletânea dos registros de observações realizadas pelos agentes da 2ª Seção, pelos informantes civis e informantes militares registrados nos documentos Resumo Sintético Cronológico (vazado) e o Registros de Observações de OVNI (oficial), incluem, além do período clássico da Operação Prato, período posterior de monitoramento do I COMAR, finalizado em novembro de 1978. O primeiro é o conjunto total de observações, incluindo satélites artificiais. O segundo, um extrato particular dos objetos observados, considerados relevantes e não identificados.

Começa então a missão oficial:
Primeira missão militar 20/10 a 11/11/77
No dia 20 de outubro de 1977, uma equipe da seção de informações do I COMAR, conhecida como 2ª Seção ou A2,[35] composta de três agentes, saiu de Belém em direção ao município de Santo Antônio do Tauá, distante cerca de 60 km da capital. Nos primeiros dias realizaram várias entrevistas com habitantes dos municípios de Tauá, Colares e de povoados do município de Vigia, como Santo Antônio do Ubintuba, Vila Nova do Ubintuba e Paraíso do Ubintuba. Realizam também as primeiras observações de objetos voadores, alguns identificados, outros não. Nos dias 26 e 27 de outubro de 1977 se deslocaram para a região o chefe da 2ª Seção, o então coronel Camillo Ferraz de Barros e uma equipe médica militar. Dois outros importantes personagens militares participaram dessa missão, o sargento Flávio Costa e, à época capitão, Uyrangê Hollanda, ambos lotados na 2ª Seção.

A base de operações se estabeleceu em Colares dia 29 de outubro e Hollanda assumiu a chefia da operação em 01 de novembro. O sargento Flávio Costa registrou em relatório específico uma descrição de como os cidadãos de Colares estavam percebendo os fenômenos e como estavam sendo afetados. Conta dos ataques com foco de luz, a “histeria coletiva” em que se encontrava a população e testemunha as constantes procissões de moradores soltando fogos e tiros para afugentar as luzes. Em resumo, a sociedade local estava apavorada. Também deixou claro o papel negativo e irresponsável da imprensa na criação do chupa-chupa: “do monstro criado pela imprensa”. Segundo o relatório a região “(…) tem por habitantes pessoas de índice cultural, socioeconômico e sanitário dos mais baixos, aliados a crendices e formação simples, facilmente influenciados pelos meios de comunicação, nem sempre usados por pessoas escrupulosas.”. No dia 01/11 encontramos o maior contingente militar registrado na documentação da Operação Prato: o chefe da 2ª Seção, o chefe da operação, uma equipe de três sargentos da 2ª Seção e quatro tripulantes de um helicóptero Bell H-1H Huey. Ao todo 9 militares.

Observações militares significativas
1 de novembro de 1977 – 19h00min – Município de Colares Um corpo luminoso amarelado de forte intensidade vindo da Baía do Sol, inicialmente a 2.000 m de altitude entrou no campo de visão dos militares e da população. Vinha em trajetória descendente ligeiramente curva emitindo lampejos azulados intensos. Possuía em sua parte superior um semicírculo avermelhado. Sua velocidade era cerca de 800 km/h, mas na retomada do voo em ascensão acelerou surpreendentemente atingindo velocidade supersônica, curvou levemente no sentido contrário à primeira curva, alterou sua cor para vermelho rubro e parou de emitir os lampejos azulados.

Registros números 27 e 28, 6 de Novembro de 1977, do documento Registros de Observações de OVNI.
6 de novembro de 1977 05h20min e 05h25min – Município de Colares Às 05h20min, vindo da direção sudoeste, sobre a Baia do Marajó, a 5.000 m de distância um corpo luminoso de cor amarelo avermelhado seguiu uma trajetória reta descendente, emitindo lampejos intermitentes azulados de intenso brilho. Chegou a 500 m de distância e 200 m de altitude. Abruptamente virou para a esquerda na direção sul-sudeste, em ascensão, com recuperação de velocidade, subindo para 3.000 m de altitude e atingindo velocidade supersônica, sem emitir boom sônico ou deslocar o ar, numa rota em direção ao município de Tauá em longa reta.

Às 05h25min outra passagem de corpo luminoso amarelo avermelhado, vindo da Baía do Marajó pela direção nor-noroeste, começou a ganhar grande velocidade. O objeto procedeu a uma curva em ascensão a esquerda, quando a distância estimada de 800 m, fez outra curva agora para o nordeste, nesse momento foi estimada em 1.500 m sua altitude e velocidade acima de 800 km/h; assumiu uma trajetória reta, desaparecendo rapidamente.

Colares, Campo do Luzío – Local de observação registro 28 – Registros de Observações de OVNI – I COMAR.
Depoimentos relevantes
Foram colhidos 42 depoimentos: 11 em Tauá, 11 em Ubintuba e 20 em Colares. Abaixo, resumidos cinco deles, todos registrados no documento oficial do I COMAR, Registro de Observações de OVNI.

Registro número 1 – 2 de Setembro de 1977 – do documento Registros de Observações de OVNI.
Registro número 1 – 2 de setembro de 1977 22h00min – Tauá, rodovia – Sra. Amélia, 77, alfabetizada

“(…) percebeu vindo de sua direita e a frente uma ‘luz’ de cor amarelo-avermelhada, de brilho muito intenso (comparado a um farol de carro). Inicialmente a ‘luz’ deslocava-se cortando a rodovia em diagonal, bruscamente mudou de direção (450), vindo exatamente em sua direção: D Amélia e a filha (…) um objeto de vidro, de cor azulada, com uma pequena luz de cor vermelha na parte de cima (…) após parar por alguns instantes, movimentou-se com baixa velocidade (…) altitude era de 30 m.”
Registro número 3 – 12/10/1977 02h00min – Tauá, Campo Cerrado – Sr. Manoel, 38, analfabeto Trecho Relatório Primeira Missão, depoimento de 21/10:

“(…) percebeu forte luminosidade através do telhado (…) a custo conseguiu levantar-se, apanhou sua espingarda e saiu de casa deparando então com uma luz azulada que pairava a baixa altura (20 m) sobre as árvores próximas; que apontou sua arma para atirar; que nesta ocasião foi atingido por um feixe de luz avermelhada que o paralisou.”
Trecho reportagem A Província do Pará de 20/10 com declarações de Manoel:

“(…) objeto estranho parado a cinco metros mais ou menos de mim e, no seu interior, o casal dando gargalhadas como se estivesse fazendo gozação. (…) Ele viu uma espécie de nave espacial, com um casal de tripulantes, sendo a mulher branca e loira e o homem branco, usando chapéu de couro como se fosse de vaqueiro (…)”[nota 8]
Registro número 4 – 13/10/1977 03h25min – Colares – Padre Alfredo de La Ó, 48, médico, físico, teólogo

Colares, Baía do Marajó – Local de observação do registro 4 – Registros de Observações de OVNI – I COMAR.
“(…) despertado por latidos (…) Avistou um objeto luminoso que lhe chamou a atenção por emitir forte luminosidade, deslocando-se do mar para a terra (N/S). O objeto desenvolvia grande velocidade (maior do que a habitualmente observada nos aviões à reação), a uma altura aproximada de 20 m; em absoluto silêncio, (…) encontrava-se a 75 m do ponto mais próximo da trajetória (…) Disse que a parte superior do objeto emitia forte luz avermelhada, e na parte inferior uma luminosidade azulada muito intensa, chegando a clarear toda área onde passou.”
Registro número 7 – 16/10/1977 05h30min – Paraíso do Ubintuba, Vigia – Sr. Raimundo, 48, analfabeto

“(…) voltava para sua residência (…) sentiu como de perdesse as forças (…) Observou então um objeto iluminado de forma circular (como uma arraia (SIC)), de pequeno porte (1,50 m aproximadamente), deslocando-se a baixa altura (5 a 10 m sobre o solo) que emitia um foco de luz dirigido (como uma lanterna) de cor azul muito intensa em sua direção; (…) Queixa-se de tremor no corpo, dor de cabeça e entorpecimento na região atingida pelo foco. Não foi observado sintomas de queimaduras.”
Registro número 8 – 16/10/1977 18h30min – Colares – Dra. Wellaide, 24, médica

Registro número 8, 16 de Outubro de 1977, do documento Registros de Observações de OVNI.
“(…) afirmou ter visto e observado (…) Objeto Luminoso (brilho metálico), fazendo evoluções sobre a parte frontal da cidade (praia do Cajueiro NE, a baixa altura (100 m), a distância estimada de 1.500 m, sem produzir o mínimo de ruído. Descreveu os objetos assim: Forma cônica-cilíndrica (parte superior mais estreita) tamanho aparente em função da distância 3.00 m de comprimento, por 2.00 m de diâmetro; Movimentando-se de maneira irregular. (posição vertical em função do seu eixo longitudinal), balanceios laterais acentuados, entretanto vez ou outra efetuava ligeiras paradas e dava uma volta sobre si mesmo.”
Sobre o atendimento de habitantes no Posto de Saúde de Colares, disse:

“Afim de preservar a sua reputação ética profissional, deixou de fazer uma comunicação mais completa com referência às pessoas que se dizem atingidas por um ‘foco de luz’ de procedência desconhecida (quatro casos que atendeu).” “Além de Crise Nervosa, seus pacientes apresentavam outros sintomas tais como: paresia (amortecimento parcial do corpo) (…) Seus pacientes referem: cefaleia, astenia, tonturas, tremores generalizados e o que reputa mais importante são as queimaduras de 1º grau, bem como marcas de microperfurações. De acordo com o sexo, os homens sobre o pescoço (jugular) e as mulheres, digo, a mulher no seio (só um caso).”
A médica ao longo dos anos deu várias entrevistas para a mídia escrita e televisiva, ampliando significativamente o escopo de suas declarações de 1977, agregando novas informações e percepções pessoais.

Relatório Médico Militar
Entre os dias 26 e 27 de outubro de 1977 uma equipe medica integrada pelo então 1ª tenente médico da Aeronáutica Dr. Pedro Ernesto Póvoa e pelo Aspirante-a-oficial médico da Aeronáutica Dr. Augusto Sergio de Almeida realizaram uma missão com o objetivo de “verificar o estado médico-psicológico das populações examinadas na operação (Prato).”. A missão produziu o documento Relatório da Missão Médico-Psiquiatra na Operação Prato, que dedicou grande parte de seu conteúdo a descrição do exame de duas possíveis vítimas de ataques das luzes dos chupa-chupa. Esses registros representam os únicos diagnósticos individualizados registrados na operação até o momento. Segundo os médicos, as duas mulheres foram examinadas logo após declararem “(…) ter acabado de sofrer efeitos dos raios vindos do firmamento (…)”. Vários dos sintomas apresentados pelas duas mulheres foram atribuídos a reações fisiológicas normais em situações de estresse. O médicos declaram no relatório: “(…) os sintomas referidos por estas 2 pessoas (…) trata-se de uma reação fisiologicamente normal, denominada descarga adrenérgica, que acomete pessoas diante de ocasiões de luta, fuga ou medo. (…) esses sintomas são transmitidos de boca-em-boca, e, de forma epidêmica ‘compartilhado’ por todos os moradores, circulando um clima de histeria coletiva.”. A explicação científica para o fenômeno que atingiu a região é dada na conclusão do documento: “(…) o que as pessoas acham que é o resultado da ação de raios luminosos de OVNI, trata-se de reações normais do organismo, causadas por medo do desconhecido.”.

Aqui lembro da minha formação pessoal academica em medicia e psiquiatria. Embora eu, realmente, possa admitir que em caso de histeria coletiva não estaria anulada a possibilidade de uma onda ufológica na região, considero que tal fenomeno psiquico poderia , sim, fazer o fato ganhar proporções muito maiores que o que teria ocorrido de verdade. Conceituo, portanto, a histeria coletiva, visando despertar em você, leitor, mais de um caminho de estudo e reflexão sobre o caso:
Histeria colectiva, também conhecida por histeria em massa, é o fenômeno sociopsicológico definido pela manifestação dos mesmos ou semelhantes sintomas histéricos por mais de uma pessoa. Uma manifestação comum de histeria colectiva ocorre quando um grupo de pessoas acredita que sofre de uma doença ou padecimento semelhante.
A histeria colectiva começa tipicamente quando alguém adoece ou torna-se histérico durante um período de stress. Após a demonstração dos sintomas pelo indivíduo inicial, outras pessoas começam a manifestar sintomas semelhantes, geralmente náuseas, fraqueza muscular, convulsões ou dores de cabeça.

Casos famosos de histeria coletiva registrados na história oficial:

Estrasburgo, França, em1518 – Uma mulher, chamada Frau Troffea, começou a dançar pelas ruas, sem música ou motivo aparente. Após uma semana, cem pessoas haviam se juntado a ela e, passado um mês, já eram 400 histéricos dançarinos. Em algumas semanas, os mais fracos começaram a morrer de ataque cardíaco e acidente vascular cerebral.
Tanganica, Tanzânia, em 1962- Crianças começaram a rir do nada na escola e contagiou até os pais. A risadaria atingiu vizinhos e milhares de pessoas, que riram durante seis meses. A epidemia, analisada em artigo do Jornal Internacional de Pesquisa sobre Humor, causava dores, dificuldades respiratórias e ataques de choro.
Melbourne, Austrália, em 2005 – Uma funcionária desmaiou, junto à escada rolante. Em seguida, outras duas mulheres passaram mal e apagaram. O ar-condicionado foi desligado por medo de um atentado com gás, mas não adiantou. Mais pessoas passaram mal e quase 50 foram levadas para o hospital.

Sapatos deixados durante a fuga no cine Oberdan.

Cine Oberdan
A história aconteceu em abril de 1938 em São Paulo e teve um final assustadoramente trágico, no entanto, começou de uma forma curiosa. Segundo relatos de presentes no local, um pânico tomou conta de uma das salas do Cine Oberdan por conta de um grito de fogo.

No entanto, nunca houve qualquer sinal de incêndio. Muitos atribuíram o ocorrido a certo momento do filme em que dois aviões se chocavam, o que teria motivado o grito de um espectador. Mesmo sem sinais de fumaça, a sala lotada de crianças foi invadida pela histeria coletiva, o que resultou em dezenas de pessoas pisoteadas e mais de 30 mortos.
A versão oficial da policia é um pouco diferente, mas não muda a desproporção entre o fato e a reação do público. Segundo a conclusão dos investigadores, uma das crianças sentiu uma forte dor de barriga durante o filme e, após diversas tentativas desesperadas de encontrar o lanterninha, o menino resolveu ir sozinho ao banheiro.

Embora ele não tenha conseguido chegar ao destino a tempo, o jovem (que acabou fazendo suas necessidades no caminho) seguiu até o sanitário, onde as luzes estavam apagadas. Vendo uma pilha de jornais, ele resolveu fazer um tipo de tocha para visualizar o ambiente. A porta entreaberta permitiu que um espectador visse a luz da chama. Ele então teria gritado, o que gerou todo o pânico no local. O incêndio jamais existiu, mas as consequências da histeria aniquilaram famílias inteiras.
Guerra dos Mundos- Essa é possivelmente a história de histeria coletiva mais conhecida do mundo. Em 1938, uma adaptação de A Guerra dos Mundos foi transmitida pela rádio Columbia Broadcasting System, no entanto, não foi recebida da forma esperada. Dirigido e narrado por Orson Wells, o episódio foi ao ar em meio à tensão dos momentos que antecediam a II Guerra Mundial. Alguns ouvintes não sabiam que a narração se tratava de uma leitura de peça de ficção e, ao ligarem o rádio no meio da transmissão, acreditaram que aquilo se tratava de um boletim de notícias. Até o final da tarde, o que era apenas ficção havia se tornado realidade: milhares de pessoas tomaram as ruas de cidades como Nova York e Nova Jersey, em pânico com a suposta guerra que havia começado. A polícia levou horas para acabar com a confusão, que virou noticiário em todo o mundo.

Onze pessoas e o diabo- Em Paris, no ano de 2010, um caso de histeria coletiva completamente sem sentido chocou o mundo. Um homem, ao levantar-se nu no meio da noite para esquentar a mamadeira de seu filho, foi confundido pela própria esposa com o “Diabo”. Ao vê-lo, ela começou a gritar por socorro, chamando o homem de diabo. A irmã dele, ouvindo os gritos feriu a mão do rapaz com uma faca. Outras 10 pessoas da família ajudaram as mulheres a expulsarem o homem do local. Inexplicavelmente, nenhum deles reconheceu o indivíduo para desfazer a confusão. O rapaz então tentou voltar ao apartamento. Com isso, todos que moravam no local começaram a saltar da janela, tentando fugir do que eles acreditavam ser o demônio. Na confusão, várias delas se machucaram e um bebê de quatro meses morreu. A polícia não encontrou qualquer droga no local, nem mesmo evidências de cultos religiosos ou obscuros no apartamento.

Em 2010, uma escola no interior do Ceará teve suas aulas interrompidas após um caso de surto coletivo. Dezenas de alunos entre 12 e 19 anos diziam ver o espírito de um estudante que havia morrido. Vários adolescentes entravam em um tipo de transe ao estar dentro da escola, o que fez com que um boato de que a instituição seria assombrada surgisse. Psicólogos, parapsicólogos e até mesmo um padre foram chamados para conversar com os alunos e explicar o que estava acontecendo. Mesmo com a ajuda dos profissionais, os casos de desmaios e sintomas semelhantes a convulsões só aumentaram, o que fez com que a escola tivesse que ser fechada por um período. Após o intervalo, o caso aparentemente se resolveu.
OBS.: Em muitas fontes, encontramos o municipio de Colares e a Operação Prato listados entre os casos famosos mundiais de histeria coletiva.

FONTES – A Time to Dance, a Time do Die, de John Waller; International Journal of Humor Research, BBC News, Asian Economic News e portal Terra e site megacurioso no link https://www.megacurioso.com.br/historias-macabras/39104-os-10-casos-mais-bizarros-de-histeria-coletiva.htm
Vamos proseguir com os dados oficiais da aeronáutica brasileira.

Informe do SNI de Belém
A Agência do SNI em Belém, enviou documento confidencial de cinco folhas a Agência Central do SNI em Brasília, datado de 9 de novembro de 1977, sobre informações relativas a “Objetos Voadores Não Identificados – OVNI”, divulgando os primeiros dados das investigações que estavam sendo conduzidas pela Segunda Seção do I COMAR.[45] O informe faz uma introdução ao assunto OVNI, ligando rapidamente o fenômeno a eventos relatados em municípios do Pará e num primeiro momento atribuído ao misticismo da população empobrecida das regiões afetadas. Informa que o I COMAR constatou o clima de tensão entre a população de alguns municípios e coletou relatos sobre luzes em voo e focos de luz dirigidos sobre pessoas. O documento continua com outros informes. Que a equipe da 2ª Seção montou posto de vigia para fotografar a luz e registrou objeto a três mil metros de altitude e velocidade de 30.000 km/h. As luzes foram várias vezes fotografadas e delas pouco se concluía, parecendo haver confusão na equipe sobre isso. Conta que o chefe da equipe identificou a foto que mais impressionou a todos como a estrela Dalva (Vênus), levando o próprio a duvidar das demais fotos como sendo de OVNI. Que não havia consenso entre a equipe “sobre o que foi visto”, mas a reserva poderia ser fruto de não se querer “cair no ridículo, perante os colegas”. Informa detalhes dos relatos sobre OVNI e vítimas das luzes, colhidos com a médica do posto de saúde e com o pároco de Colares e o prefeito de Vigia. Acusa a imprensa de fazer exploração do assunto. Termina informando que o I COMAR continuaria as investigações.

Período entre missões

Mosqueiro, Baía do Sol, Local registros 39, 40 e 41 do Registro de Observações de OVNI – I COMAR
Não existem nos documentos oficiais e vazados observações militares de uma Equipe A2 registradas entre 11/11, fim da Primeira Missão e o dia 25/11, início da segunda missão. Existem alguns relatos de civis. Quatro foram inseridos no oficial Registro de Observações de OVNI, todos relatados na Ilha do Mosqueiro/Baía do Sol pelo piloto civil Ubiratan Pinon Frias, íntimo colaborador de Flávio Costa e Hollanda durante a Operação Prato.[46] No dia 22/11 o sargento Flávio Costa, acompanhado de Pinon e duas acompanhantes, faz uma vigília noturna particular bem sucedida na Baía do Sol, estrategicamente posicionada a alguns quilômetros da ilha de Colares, sendo possível a observação em linha reta da chamada Ponta do Machadinho, local de praias em Colares, onde uma série de observações com ousadas manobras aéreas são relatadas. Constam do Registro de Observações de OVNI, como registros números 39, 40 e 41. Flávio nessa época produz os famosos Relatórios Extras números 1 e 2, de uma sequência de dezesseis entre 1977 e 1978, para o I COMAR.

Segunda Missão Militar 25/11 A 05/12/77
Essa foi mais curta, durando apenas 11 dias: de 25/11 a 05/12. Inicialmente com um chefe de equipe do Centro de Informações de Segurança da Aeronáutica – CISA, vindo de Brasília, ligando assim o Gabinete do Ministro da Aeronáutica a Operação Prato.[47] Às 22h00min do dia 25/11 chegam a Colares. A equipe fica concentrada na Sede do município durante toda a missão, não sendo informadas incursões a outras localidades. Isso explica o rol de observações dessa equipe: 2 em Penha Longa, local da travessia de balsa entre o município de Vigia e Colares, observado durante a viagem com destino a Sede, e 34 em Colares. Também colheram uma série de relatos de informantes, mas dessa vez tratava-se de observações de corpos luminosos, sem ataques de raios ou do chupa-chupa. No dia 29 de novembro o capitão Hollanda chega a Colares e assume a missão.

Algumas observações militares
27 de novembro de 1977 – 19h10min – Município de Colares Dois corpos luminosos amarelos claros cruzaram o céu a 6.000 m de altitude e velocidades superiores a 600 km/h. No centro da abóbada celeste um deles efetuou uma curva fechada de 360º, em seguida retomou o rumo original.

28 de novembro de 1977 – 19h05min – Município de Colares Dois corpos luminosos amarelos claros cruzaram o céu a 4.000 m de altitude e velocidades supersônicas rumo noroeste/sudeste. Depois efetuaram uma curva, voltando para o norte.

Um objeto sobre agentes do SNI
No dia 28/11 às 19h30min, Hollanda e agentes do SNI estão na Baía do Sol, enquanto a equipe chefiada pelo CISA está em Colares. Hollanda e os agentes reparam num corpo luminoso amarelo avermelhado sobre suas cabeças. Segue trecho do relatório da segunda missão:

“Corpo Luminoso, aparentemente estacionário sobre o ponto de observação (Praça da Escultura): emitiu com intervalos regulares lampejos (como flashes) de cor amarelo avermelhados com um núcleo azul muito intenso, em número de quatro; após a série de lampejos: diminuiu a intensidade luminosa do Objeto; aproando o rumo E, afastou-se com grande velocidade. A altitude do Corpo Luminoso foi estimada em 900 ft. OVNI (CapHoll).”

Depoimentos
Registro número 43 – 25 de novembro de 1977 19h30min – Vigia – Padre Alfredo de La Ó, 48, médico, físico, teólogo.

“Observou um Corpo Luminoso (reflexa), em forma de fuso cônico, baixa velocidade, absoluta ausência de ruído, a distância estimada de 100 m; tamanho aparente 3 m de comprimento por 0,60 de diâmetro; tinha uma luz vermelha na parte frontal e uma verde na parte de trás; subitamente aumentou a velocidade desaparecendo no alto”.
Registro número 55 – 28 de novembro de 1977 19h30min – Mosqueiro – Sr. Miguel 31, cursando ensino básico.

“(…) Corpo Luminoso, estacionário na direção da Baía do Sol/Colares, sobre a orla marítima, calculando que estivesse na Ponta do Machadinho, distância estimada 15.000 m, tamanho aparente 20 cm, altitude entre 1.800 a 2.000 ft, emitindo compassadamente focos azulados (…) aproximaram-se dois (2) outros de menor tamanho vindo de direções opostas, sendo absorvidos pelo de maior volume. (…) depois saíram do objeto maior cinco (5) pequenos corpos luminosos. (…) o OVNI maior (…) deslocando-se após em grande velocidade (…)”.

Outras missões – Dezembro 1977
Rio Guajará – Ananindeua

Três registros de observações por equipe da 2ª Seção entre 09 e 10 de dezembro de 1977, em localidade do Rio Guajará no município de Ananindeua, revelam uma missão específica de vigília, apesar de não haver relatório oficial ou vazado. Sobre essa missão, temos depoimentos do coronel Hollanda para o escritor e jornalista Bob Pratt em 1981 e para a mídia em 1997. Segundo os depoimentos, relativamente diferentes entre si e os registros, entre 23h00min de 09/12 e 02h00min de 10/12, um objeto voador primeiramente amarelado/âmbar e ao final azulado, de 100 metros de comprimento, realizou várias evoluções.

Declarações de Hollanda em relação a última observação, de três fontes diferentes:

Hollanda para Bob Pratt em 1981:

“Então, o objeto subiu para o céu rapidamente e apagou a luz. Quando ele fez isso, não podíamos ver sua forma, mas havia uma luz verde em cima e uma vermelha no fundo. Quando as fotos foram reveladas, vimos um grande objeto em forma discoide, em posição mais vertical que horizontal.”

Hollanda, na entrevista à Revista UFO (Ademar José Gevaerd e Marco Antônio Petit) em 1997:

“Sua distância era de uns 70 m. Aquele monstro azul, embora tivesse um brilho muito forte, podia ser olhado diretamente sem que ardesse a vista. Não havia nada, apenas aquela luminosidade forte. (…) Aquele objeto ficou parado durante uns três minutos. Enquanto isso, olhávamos em silêncio. De repente, a luz se apagou rapidamente e pudemos ver o que estava por trás dela. (…) Era novamente a bola de futebol americano em pé, a uns 100 m de altura, parada e sem janela alguma.”
Hollanda na entrevista à Marco Antonio Petit, após Revista UFO, em 1997:

“Logo depois de uns três minutos ela apagou, de repente a luz azul acabou e ficou na nossa frente uma coisa assustadora (…). Era aquela bola de futebol americano que nós vimos passar na horizontal, ela tava em pé na frente da gente a uns 70 metros. (…) e logo em seguida esse objeto começou a se deslocar para cima, sem ruído, (…) ele subiu e tinha uma luz verde embaixo e vermelho em cima, aquilo piscando e ele subindo devagar (…) quando estava aproximadamente a 1.000, 1.500 metros de altura (…) deu uma explosão como se fosse de um trovão, uma explosão muito forte, um clarão e disparou com uma velocidade incrível.”

Fazenda Jejú – S. Domingos do Capim[editar

Registros números 75 e 76, 16 de Dezembro de 1977, do documento Registros de Observações de OVNI.
No dia 16 de dezembro de 1977 uma equipe de agentes da 2ª Seção dirigiu-se à Fazenda Jejú no município de São Domingos do Capim para investigar fatos narrados pelo proprietário da fazenda, sobre estranhos buracos no solo em uma área grosseiramente circular. Confirmaram os buracos, verificaram que a terra no interior deles estava compactada, fizeram medições e tiraram fotos. Entre 23h50min de 16/12 e 00h30min de 17/12, um corpo luminoso iniciou uma jornada que o levaria dos 4.000 metros de altitude para 70 metros e 100 metros de distância, deslocando-se pela fazenda a baixa altura até a rodovia PA-127, executando uma série de manobras não convencionais.

Trecho do relatório:

“Corpo Luminoso, deslocando-se a baixa altura (400 m), no sentido Noroeste para Sudeste, ficou parcialmente encoberto pelas árvores; a equipe deslocou-se na viatura para o ramal principal, afim de melhor observar e fotografar; o Objeto baixava sobre a “piçarreira”; ao atingir a altura estimada de 70 m, movimenta-se girando sobre seu eixo vertical como se fosse um PIÃO, sua coloração amarelo avermelhada mudava constantemente para uma tonalidade mais cinza (branco azulada) e de brilho muito intenso; não chegou a “pousar”, ondulando iniciou um movimento ascendente, não muito acentuado: aumentou sua velocidade e intensidade luminosa, passando por várias tonalidades do azul ao vermelho; desapareceu por interposição de árvores. (…)”
Dias depois, na zero hora entre 20 e 21/12/77, duas equipes de agentes comandadas pelo chefe do SNI da Agência de Belém, coronel Filemon, fizeram duas vigílias, uma na fazenda Jejú e outra na área da piçarreira. Registram duas observações de corpos luminosos a média distância (1.500–4.000 m). Os relatórios de missão geram um conjunto de quatro registros no Registros de Observações de OVNI, ricos em fotografias.

A Fase Belém do chupa-chupa
Não há registros militares sobre os fenômenos em Belém. Toda a cobertura do período é jornalística. O jornal O Liberal, em 17/11/1977, em reportagens ocupando página inteira, sob o título “Fenômeno da luz intranquiliza a cidade”, conta várias histórias sobre alegados ataques da luz vampira:

“Um clima de intranquilidade e insegurança está se registrando e se ampliando em toda a cidade, em decorrência de estranhas e contraditórias notícias sobre uma misteriosa luz que ataca as pessoas, sugando-lhes o sangue.” (…) Mas têm sido inúteis os esforços da reportagem em encontrar simultaneamente, ou logo após os mirabolantes ataques, aqueles que se dizem vítimas do ‘foco paralisador’. A cidade está cheia de boatos.”
Eliana com 16 anos, se preparava para ir trabalhar no Centro Espírita as 15h30min, quando sentiu “uma coisa” e viu uma luz clareando o quarto pelas frestas do telhado, sob o forte sol da tarde. Durou meia hora, houve testemunhas. Não sentiu nada de anormal depois. Oberlando de 18 anos, estudava às 01h30min da madrugada e estava com muito medo, tendo rezado muito, antes de começar a estudar. Sentiu calor e viu uma luz pela fresta do telhado, descontrolado atacou a irmã e cunhado que dormiam, chutou coisas, quebrou vidros, queria que abrissem a porta. Eliana e Oberlando eram vizinhos, moravam na mesma rua, no bairro Cremação. Um garoto de 7 anos caiu e bateu a cabeça numa pedra, pela manhã, levando 15 pontos. Sua mãe diz que foi a luz. O garoto não sabe o que aconteceu. No bairro Jurunas. O jornal “A Província do Pará” em 19 de novembro de 1977, publica com o título “Vampiro interplanetário só gosta de mulher”, reportagem sobre ataques a três jovens do Bairro Jurunas. Jurunas é muito perto do bairro da Cremação.

Uma jovem de 13 anos quando voltava para casa às 21h:

“Na porta de sua residência (…) sentiu todo o seu corpo adormecer ao ser atingida por uma luz vermelha que mudava de tonalidade, ficando às vezes clara. Teve forças de correr para a cama, caindo sobre o leito desmaiada.”
No hospital nada foi constatado. Levada a um templo evangélico, a jovem “como se estivesse possessa de demônios tal a força que demonstrava” foi curada pelo “poder de Deus”, ficou ótima e se converteu ao Evangelho.

Outra jovem de 18 anos voltava de uma festa às 23h:

“(…) retornava da sede do Imperial, na Rua Conceição, quando se viu paralisada pela luz vermelha. Apavoradas, suas amigas (…) fugiram deixando-a só (…) A luz de repente ficou verde e logo branca. Percebi quando três amigos me socorreram e, em casa notei várias marcas no meu corpo acentuadamente no braço esquerdo, como se fossem queimaduras leves.”
O caso mais famoso, aconteceu no dia 17/11, quando outra jovem, Aurora:

“(…) disse que na noite de quinta-feira por volta das 21 horas chegava em casa” (…) se dirigindo para o pequeno quintal da residência onde passou a lavar as louças do jantar. De repente foi atacada por uma forte corrente de vento frio e sentiu um medo terrível como se estivesse sendo envolvida por algo estranho. Eu fiquei apavorada. Chamei minha mãe que já estava deitada como outros moradores da casa, mas antes dela chegar uma forte luz vermelha me envolveu, deixando-me atordoada. Ao mesmo tempo, senti furadas muito finas que eram dadas em meu seio, caindo então ao solo desmaiada.”
O jornal A Província do Pará convidou o médico Orlando Zoghbi a visitar as três jovens em suas residências para dar sua opinião. A avaliação do médico foi publicadas pelo jornal em 20/11. Durante a visita foi tirada uma foto, publicada na edição, mostrando perfurações no seio.

O parecer médico

O médico recomenda a atenção de um psicólogo e faz algumas considerações sobre o fenômeno no estado. Diz ter havido uma reação em cadeia a partir de relatos da cidade de Viseu – fronteira com o Maranhão e espalhados pelos jornais de vários estados, suscitando sintomas em pessoas “supersensíveis”. A neurose coletiva observada pela falta de segurança e a “crescente onda de assaltos”, motivada pela migração do campo para a capital Belém, foi reforçada pelos meios de comunicação, gerando pânico e “crendice na massa, da existência do tal vampiro extraterreno”. Que na adolescência: “(…) fase dos sonhos, os desejos reprimidos são imensos pois a mente fértil de ideias, nas quais a totalidade da área material não é satisfeita, gerando informações numerosas ao sub e ao inconsciente.”

As visões:

– “(…) são fruto do estado d’alma, em sintonia com o inconsciente, produzindo uma excitação psicomotora.”

– “(…) Que as lesões (…) são (…) ocasionadas por choque adrenérgico, pois as mulheres instintivamente num ato de proteção levam as mãos aos seios e a ação motora contraindo as mãos em garra ocasionaram as lesões nas glândulas mamárias.”

Depoimentos de Hollanda
Entrevista a Bob Prat em 1981, publicada no livro Perigo Alienígena no Brasil – Perseguições, Terror e Morte no Nordeste;
Reportagem exibida no Fantástico – O Show da Vida, TV Globo, em 20/07/1997, disponível no youtube.
Entrevista a Ademar José Gevaerd e Marco Antônio Petit da Revista UFO em agosto de 1997.
Entrevista a Marco Antônio Petit em agosto de 1997, disponível no youtube.
Conferência pública na Associação Fluminense de Ufologia – AFEU em 07 de setembro de 1997.

Lendas Urbanas
Na esteira dos eventos de 1977, no dia 25 de junho de 1978, o jornal O Estado do Pará publicou uma notícia sobre eventos ocorridos com uma equipe de reportagem na Baia do Sol, ilha do Mosqueiro:

(…) Às duas da madrugada, abrigados no carro devido à forte chuva, os repórteres do “O Estado” foram despertados por um acentuado foco de luz, que ultrapassou, por incrível que pareça, a estrutura metálica do teto do veículo. Sobressaltados, saíram rapidamente. Comprovaram, então, já um pouco distante do carro, que um foco de luz em forma de tubo, com cerca de 10 polegadas de diâmetro, era dirigido do alto sobre o teto do carro, ultrapassando a chapa metálica. (…)

Daniel Rebisso Giese, em seu livro Vampiros Extraterrestres na Amazônia, entrevistou o jornalista Biamir Siqueira e o fotografo José Ribamar, personagens da notícia do jornal O Estado do Pará, acima reproduzida.

José Ribamar conta:

(…) A primeira vez que observamos uma nave, nos encontrávamos no interior do automóvel da redação do Estado. Lembro que estávamos cochilando (juntamente como o Biamir), quando subitamente fomos acordados por um intenso clarão de cor azulada, tendendo para o cinza. Sentimos um forte impacto, como se aquela luz tivesse força. Saímos do carro imediatamente e pudemos ver uma nave sobrevoando o local. Deveria estar a uns 20 metros der altura e logo recolheu seu feixe luminoso, desaparecendo em seguida. (…)

Giese declara que a reportagem de 25/06 do O Estado do Pará (…) descreve detalhes que devem ser corrigidos (…).

A reportagem de 25/06 ainda chega a dizer que naquela noite foram feitas várias fotos do encontro. Para Giese, Ribamar declara não haver tirado nenhuma foto devido a surpresa e suas emoções.

Quais as opiniões atuais sobre o ocorrido?

No geral, a comunidade ufológica nacional acredita que os fenômenos investigados pela Operação Prato foram de origem extraterrestre e os queimados e vampirizados vítimas de experiências de seres alienígenas. Essa hipótese está amparada principalmente nas declarações de personagens importantes, como o chefe da Operação Prato e a médica da unidade de atendimento de Colares. Outros militares participantes da operação manifestaram opiniões diferentes, além de alguns personagens civis. Um número restrito de ufólogos e pesquisadores da comunidade ufológica defendem alternativas não extraterrestres. O fenômeno chupa-chupa estaria ligado a comportamentos sociais e a psique humanas e os fenômenos aéreos originados de uma operação aérea estrangeira ou de natureza terrestre ainda não esclarecida.

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Rua Dr. José Afonso de Melo, N° 118, Sala 820 – Jatiúca, Maceió – AL. CEP 57.036-510.

*Site sem fins lucrativos

O homem consciente é verdadeiramente livre. Ele sabe que não sabe.

Louis Pauwels

Copyright © 2020. Detetive do Improvável. Todos os direitos reservados.