Pergaminho do Mar Morto misterioso decifrado?
Imagine tentar montar um quebra-cabeça de 1000 peças sem olhar para a foto na caixa. Imagine tentar montar o mesmo quebra-cabeça sem ver a imagem finalizada e saber que muitas das peças estavam faltando. Por que alguém tentaria tal desafio? O “quebra-cabeça” é uma seção misteriosa de um Pergaminho do Mar Morto que não apenas consistia em apenas 60 pequenas peças, como parecia ter sido escrito em código. Apesar desses obstáculos, uma equipe de estudiosos anunciou esta semana que eles haviam resolvido o pergaminho, decifrado o código, confirmado quem o escreveu e até mesmo encontrado onde um editor havia corrigido. Sensacional, não?
A Universidade de Haifa anunciou esta semana que o Dr. Eshbal Ratson e o Prof. Jonathan Ben-Dov levaram um ano para juntar os 60 fragmentos – alguns menores que 1 cm2 (0.155 polegadas quadradas). O pesquisador Paul Seaburn divulgou parte das novas conclusões do grupo da Universidade: a primeira coisa que eles determinaram foi que eruditos anteriores estavam errados – os fragmentos não eram de pergaminhos diferentes, mas eram todos de um pergaminho. A segunda pista foi encontrada quando notaram que parte da escrita parecia ter sido anotações em uma margem, em vez do texto principal – anotações que eram correções no código que pareciam ter sido usadas incorretamente pelo escritor, que elas supunham ser um líder dos essênios – a antiga seita judaica de homens celibatários que se acredita ter escrito os Manuscritos do Mar Morto e mantido a biblioteca primitiva.
Uma vez que eles decifraram o código e suas anotações corretivas, os pesquisadores foram capazes de determinar que este pergaminho era uma descrição de algumas datas e festivais importantes conhecidos e previamente desconhecidos no único calendário de 364 dias usado pelos essênios. Ao contrário do atual calendário judaico, que é baseado em eventos lunares, este calendário de 364 dias foi descrito pelos pesquisadores como “perfeito”.
“Como esse número pode ser dividido em quatro e sete, sendo que as ocasiões especiais sempre caem no mesmo dia.
Isso evita a necessidade de decidir, por exemplo, o que acontece quando uma determinada ocasião cai no sábado, como freqüentemente acontece no calendário lunar ”.
De acordo com seu estudo, publicado no Journal of Biblical Literature, Ratson e Ben-Dov disseram que o rolo descreve duas ocasiões especiais não mencionadas na Bíblia – as festas do Vinho Novo e do Novo Óleo. Juntamente com o festival New Wheat, esses eventos foram relacionados ao festival judaico de Shavuot, que também é conhecido como o Festival das Semanas ou Pentecostes. Eles também descobriram que a seita deu o nome Tekufah a um festival observado quatro vezes por ano, que marcou a mudança das estações – uma palavra que no hebraico moderno significa “período”.
“A recompensa por seu trabalho árduo é uma nova percepção do calendário exclusivo de 364 dias usado pelos membros da seita do Deserto da Judéia, incluindo a descoberta pela primeira vez do nome dado pela seita aos dias especiais que marcam as transições entre os quatro estações.”
Que brilhante estudo, não? E você, nobre leitor, se achando o “craque” em quebra-cabeças e aplicativos de teste de inteligencia, não é?
