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sexta-feira, março 29, 2024

Brasil Misterioso

Mistérios do Amapá – Parte 1

8 de janeiro de 2021

Mistérios do Amapá – Parte 1

A Pedra do Guindaste

Assim como os outros estados da região norte do país, o Amapá também tem sua rica cultura relacionada as lendas da floresta amazônica. Entretanto, alguns mistérios já se apresentam com características únicas, urbanas e modernas. Um exemplo com essas características, se baseia numa história ocorrida em 1940, quando um navio veio a naufragar após se chocar em algumas pedras que, anteriormente, já eram conhecidas por surpreender os navegantes. Para que outras naus não viessem a sofrer um mesmo destino, foi decidido se construir um “aviso”, pondo um bloco de concreto que, posteriormente, passou a se denominar de Pedra do Guindaste. Além, do bloco, e por influências da forte fé católica na região,  se completou a obra com uma imagem de São José, santo padroeiro de Macapá.  Esse é o cenário do nosso ponto turístico misterioso.

Após sua conclusão, a “Pedra do Guindaste” ganhou uma grande responsabilidade, além de prevenir novos naufrágios. Acredita-se que, caso o bloco de concreto seja retirado, toda a cidade de Macapá será devorada pelas águas. Imaginou a responsabilidade da prefeitura em manter sua conservação? Será que há investimentos, por exemplo, para proteger a obra de vândalos à noite? Talvez não seja tão necessário, já que o outro mistério que envolve o local pode ser suficiente para gerar alguma proteção. Existem relatos que uma aparição fantasmagórica de um espírito de uma mulher que teria se afogado, apareça surgindo das águas. Alguns falaram até mesmo ouvir seus gritos de socorro ecoando  na noite. Caso queira conferir, o visitante deverá ter como referência o Trapiche do Eliezer Lavy, que fica ao lado. No local, os moradores das ruas mais próximas, facilmente contarão sobre as lendas envolvendo a pedra. Como a de que uma colossal cobra habita o local, e de uma antiquíssima lenda  indígena, mais precisamente da tribo Tucuju, que falava que uma índia esperou seu marido da volta da pesca, como fazia todos os dias, até que ele desapareceu e nunca retornou para casa, o que fez a índia chorar até a morte, sendo seu corpo transformado nas pedras que vemos no local.

Pode-se, então, perceber que, uma vez em visita a Macapá, a Pedra do Guindaste é um ponto obrigatório para o desbravador do Brasil misterioso, não? Mas, Macapá ainda tem o que oferecer nessa senda…

A fortaleza de São José de Macapá

Por toda a costa brasileira, durante o império, as principais cidades foram guarnecidas por fortalezas militares que visavam prevenir saques, revoltas e instabilidade política. Vemos fortes em Recife, Rio de Janeiro, Natal, entre outras cidades. A maior construção erguida no Brasil desse tipo é, justamente, a Fortaleza de São José de Macapá, feita sobre pedras que já formavam um forte natural, considerada desde 1950, patrimônio nacional. A edificação foi construída em 1784, e hoje é um ponto turístico obrigatório para quem visita a capital do estado do Amapá. Para nós, a visita pode ser bem mais interessante se feita à meia-noite…

Com uma iluminação moderna que a deixa, ainda mais, envolvida num ar misteriosos, a fortaleza está situada na zona central da cidade de Macapá. Os relatos sobre ser assombrada remontam ainda sua construção, quando negros e índios escravizados, morreram entre fugas e trabalhos forçados. Além de suas arrepiantes aparições como vultos descalços, ainda portando correntes, alguns teriam deparado com fantasmas de soldados que, entre os cômodos da fortaleza, caminham cabisbaixos a esmo. Em visita ao local, procure ficar na praça central, de onde você poderá se ver arrodeado pelos velhos muros, percebendo que a fortaleza possui em seu interior uma igreja, outrora, as antigas acomodações dos soldados e dos oficiais. Alguns cômodos das galerias, por algum tempo, serviram de prisão, sendo esses locais evitados até mesmo pelos atuais vigilantes. Da igreja, você poderá se deparar com um fantasma de um padre decapitado (que mesmo não tendo boca, apresentaria um cigarro flutuado no espaço à altura de onde ficaria o orifício oral). Ainda posicionado na praça central, não deixe de se aproximar com atenção do desaguadouro situado no centro, por onde muitos escravos tentaram fugir em busca de liberdade e encontraram nada mais que a morte, sendo possível até hoje ouvir suas vozes lamuriosas.

OBS.: O texto acima é parte integrante do livro “Guia turístico do Brasil misterioso”, do autor Cain Wolf. Clique AQUI para baixar gratuitamente.

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